A Toei tentou, por duas vezes, dar um novo "start" na franquia Kamen Rider, de Shotaro Ishinomori durante a era Showa, no entanto, acabaram por retonar a linearidade que a série possuía na época.
A primeira tentativa foi com SKYRIDER (1979), que até boa parte da série se chamava apenas KAMEN RIDER. Aqui temos um novo ponto de partida resgatando os elementos da série original de 1971, como uma nova Shocker (chamada de Neo-Shocker), a figura de um ajudante atrapalhado Genjiro Tani (exercendo a função de um novo Tobei Tachibana) e abandonando (por hora) a linearidade com as séries anteriores.
No entanto, o "novo" Kamen Rider não teve um bom retorno de audiência, então, todo o plano de "revival" foi descartado, tendo a equipe de roteiristas totalmente trocados, batizando o personagem como Skyrider e o colocando na cronologia linear dos acontecimentos com o aparecimento dos Kamen Riders anteriores para ajudá-lo.
A segunda tentativa de um recomeço do zero foi KAMEN RIDER BLACK (1987), cujo Shotaro Ishinomori tinha pretensões de faze-lo com uma história mais sombria e tenebrosa (tal qual de seu mangá, lançado no mesmo ano) e desconexo com o restante da franquia. Na época, o autor chegou a cogitar nomes provisórios como "Kamen Rider #0" ou "Shin Kamen Rider". Porém, a Toei não permitiu que Black fosse como Ishinomori queria, ficando com o ideal mais monstruoso para o mangá Kamen Rider Black (de 1987) e posteriormente reutilizando o conceito para o filme "Shin Kamen Rider: Josho"(de 1992).
Apesar de terem descartado o conceito pensado, a ideia de um recomeço ainda foi utilizada pelo pessoal da Toei. Black não possuí muitos elementos da fórmula padrão dos Riders dos anos 70 e também apresenta uma nova ótica sobre o que a franquia vinha apresentando até então, como um antagonista equivalente, a personalidade de Kotaro (Issamu) Minami que era mistura das personalidades dos dois primeiros Riders: Takeshi Hongo (Ichigo) e Hayato Ichimonji (Nigo), a não presença de um mentor, a não participação dos Riders veteranos para ajudar o herói da vez (que era quase um ritual sagrado nas séries Showa).
Black também não teve o retorno comercial esperado, então a série seguinte, BLACK RX, mesclou novos elementos para revitalizar as vendas (as novas formas, veículos e armas) com o resgate de elementos antigos da década de 70, como um leve tom cômico, um império do mal propriamente dito (os Gorgom, da série anterior, estavam mais para um "culto" que para um império) com soldados rasos e planos mirabolantes, a figura de um companheiro (sempre enxerguei Joe Kazumi como uma referência ao Riderman), a figura da namorada (novamente, sempre enxerguei Reiko Shiratori como uma referência sutil a Ruriko Midorikawa) e acrescendo-o na linearidade da franquia com a aparição dos 10 Kamen Riders veteranos para ajudar. RX teve um bom desempenho comercial NO JAPÃO, mostrando que o público se sentiu satisfeito com as adições novas concomitantemente ao resgate dos elementos padrões.
Por: Thiago AP
Vamos ver ser terá mudanças depois do zi-o no fim da era heisei
ResponderEliminarOlá! Então, duvido que terá. A fórmula atual está vendendo bem e dando ótimos retornos para a Toei.
EliminarObrigado por ler e comentar!